Dor Oncológica
O que é?
A dor oncológica é um dos sintomas mais frequentes e desafiadores enfrentados por quem está em tratamento contra o câncer. Ela pode surgir por diferentes motivos — pelo crescimento do tumor, pelas cirurgias realizadas, ou como consequência de tratamentos como quimioterapia e radioterapia, que podem afetar nervos e tecidos, gerando neuropatias dolorosas.
Costumo explicar aos meus pacientes que o corpo funciona como uma orquestra: quando o câncer ou seu tratamento afetam uma parte, o “som” do sistema nervoso se desajusta — e a dor passa a tocar alto demais, mesmo quando o problema inicial já foi tratado.
A boa notícia é que, atualmente, existem diversas formas seguras e eficazes de controlar a dor oncológica, devolvendo ao paciente conforto, dignidade e qualidade de vida, em qualquer fase do tratamento.
Sintomas e Queixas mais Comuns
A dor relacionada ao câncer pode variar em intensidade, localização e tipo, dependendo do estágio da doença e dos tratamentos realizados. Entre as queixas mais comuns estão:
- Dor contínua, em pontadas, geralmente localizada em uma região específica;
- Queimação, formigamento, dormência, frio que queima, típicos da dor neuropática;
- Dor óssea profunda, em casos de metástases ou compressão vertebral;
- Dor muscular ou articular após cirurgias ou radioterapia;
- Sensação de peso, pressão ou compressão em áreas tumorais;
- Cansaço, insônia e limitação de movimento decorrentes da dor persistente.
A dor oncológica é multifatorial. Por isso, entender onde e como ela se origina é o primeiro passo para tratá-la com precisão, segurança e humanidade.
Como é feito o diagnóstico da dor oncológica
Durante a consulta, realizo uma avaliação detalhada e individualizada, levando em conta:
- O tipo e estágio do câncer, os tratamentos já realizados e o tempo de evolução;
- A localização, intensidade e características da dor, como se ela é queimação, pressão, choque ou peso;
- O impacto da dor na rotina, no sono e no humor.
O exame físico permite identificar se a dor é mecânica (por compressão), inflamatória, neuropática (por lesão de nervos) ou mista.
Em alguns casos, utilizo exames complementares, como:
- Ressonância magnética ou tomografia, para investigar compressões ou infiltrações tumorais;
- Cintilografia óssea, quando há suspeita de metástases ósseas;
- Ultrassonografia musculoesquelética, para localizar inflamações e guiar bloqueios terapêuticos;
- Eletroneuromiografia, quando existe suspeita de neuropatia induzida por quimioterapia.
O diagnóstico não se limita à identificação da dor — ele busca compreender seu mecanismo fisiológico, para definir o tratamento mais adequado e minimizar efeitos colaterais.
Tratamento e acompanhamento da dor oncológica
O tratamento da dor oncológica é multimodal, combinando diferentes estratégias para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Entre as principais abordagens estão:
- Medicações analgésicas específicas, incluindo opioides, anticonvulsivantes e antidepressivos em doses analgésicas;
- Bloqueios e infiltrações guiadas por ultrassonografia ou fluoroscopia, que proporcionam alívio rápido e localizado;
- Terapias de radiofrequência e neuromodulação, indicadas para dores neuropáticas persistentes;
- Reabilitação física, voltada à preservação da mobilidade e à redução de rigidez;
- Apoio psicológico e terapia emocional, fundamentais para lidar com o medo, a ansiedade e o impacto da dor;
- Terapias regenerativas e suporte nutricional, quando indicados, para auxiliar na recuperação global.
Na minha prática, busco equilibrar eficácia e conforto, ajustando o plano terapêutico conforme a evolução do quadro e as necessidades individuais de cada paciente.
Tratar a dor oncológica é tratar a pessoa em sua totalidade — aliviar, acolher e devolver autonomia. Meu propósito é ajudar você a viver com menos dor e mais dignidade, encontrando bem-estar mesmo em meio ao tratamento.
Dr. Romeu Egoroff Neto
Médico da Dor e Intervenção com Ultrassom e Fluoroscopia em São Paulo - SP
Olá, sou o Dr. Romeu Egoroff Neto, médico graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e especialista em Anestesiologia. Minha jornada na medicina me levou a me aprofundar na Medicina da Dor, onde realizei um fellowship no Grupo de Tratamento da Dor (GTDor) - centro de formação em Dor pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) - de Campinas, focando em terapias intervencionistas e neuromodulação. Essa formação me proporcionou uma base sólida para oferecer tratamentos eficazes e personalizados.
Complementando minha formação, tive a oportunidade de realizar um estágio clínico em Nova York, sob a orientação de especialistas renomados no Spine and Pain Institute of New York. Essa experiência internacional me permitiu aprender as melhores práticas em tratamentos avançados para dor crônica, que aplico em meu consultório com um olhar atento e humano.
Acredito que a escuta empática é fundamental para entender as necessidades de cada paciente. Minha experiência abrange desde bloqueios diagnósticos e terapêuticos até implantes de neuromoduladores, utilizando técnicas regenerativas e minimamente invasivas para tratar dores articulares, neuropáticas e complexas. Estou sempre em busca de atualização científica, participando de congressos e eventos tanto nacionais quanto internacionais, para garantir que meus pacientes recebam o melhor cuidado possível.
Meu compromisso é proporcionar um atendimento humanizado, focado em resultados duradouros e na qualidade de vida de cada um que confia em meu trabalho. Estou aqui para ouvir suas queixas e juntos encontrarmos o melhor caminho para o seu bem-estar.

