O que é?
A dor neuropática pós-herpes zoster, também chamada de nevralgia/neuralgia pós-herpética, é uma das dores crônicas mais intensas e incapacitantes que podem afetar o ser humano. Ela surge após o episódio de herpes zoster, conhecido como “cobreiro”, infecção causada pelo vírus varicela-zoster, o mesmo da catapora.
Mesmo após a cicatrização das bolhas, o nervo afetado pode permanecer lesionado e hipersensível, enviando sinais de dor muito intensa, constante ao cérebro — mesmo sem haver lesões visíveis na pele. Essa condição pode comprometer o sono, o humor e a qualidade de vida de forma significativa.
Sou o Dr. Romeu Egoroff Neto, médico especialista em Medicina da Dor e Intervenção com Ultrassom e Fluoroscopia, e meu foco é oferecer tratamentos eficazes e individualizados, que atuam na modulação dos nervos e ajudam o corpo a reprogramar a percepção da dor, devolvendo conforto e bem-estar.
Sintomas e Diagnóstico
Os sintomas da dor neuropática pós-herpes zoster são marcantes e costumam persistir por semanas, meses ou até anos após a infecção. Entre os mais comuns estão:
- Dor em queimação, pontadas ou choques elétricos na área onde surgiu o “cobreiro”, as vesículas, as bolhas do herpes zoster;
- Hipersensibilidade extrema, em que o simples toque da roupa ou uma brisa provocam dor intensa;
- Formigamento, coceira ou dormência na pele;
- Sensação de frio que queima, calor, peso ou ardência contínua;
- Distúrbios do sono, irritabilidade e fadiga emocional por conta da dor constante.
Essas manifestações são mais frequentes no tórax, rosto, lombar, abdome e costas, regiões em que o vírus costuma afetar os nervos periféricos.
O diagnóstico é clínico, baseado na história da infecção e na característica da dor. Durante a consulta, é feita uma avaliação detalhada da sensibilidade da pele e do trajeto nervoso afetado. Em alguns casos, podem ser solicitados exames laboratoriais ou eletroneuromiografia, para descartar outros comprometimentos nervosos.
Essa diferenciação é essencial para determinar se a dor é neuropática, nociceptiva, inflamatória ou mista, garantindo um plano de tratamento mais preciso e eficaz.
Tratamento
O tratamento tem como objetivo reduzir a dor, modular a atividade nervosa e restaurar a sensibilidade normal da pele, combinando abordagens medicamentosas e não medicamentosas conforme o perfil de cada paciente.
1. Tratamento medicamentoso
- Antidepressivos tricíclicos e anticonvulsivantes (como gabapentina e pregabalina) são frequentemente utilizados para modular os impulsos nervosos e reduzir a dor neuropática;
- Analgésicos e anti-inflamatórios podem ajudar nas fases iniciais ou em crises agudas;
- Opioides em baixas doses podem ser indicados para casos mais resistentes;
- Além de adesivo/emplastro com medicação para região sensibilizada; que oferecem menos efeitos colateral
2. Tratamento não medicamentoso
Além dos medicamentos, estratégias complementares ajudam na recuperação sensorial e emocional, como:
- Fisioterapia e terapia ocupacional, que auxiliam na readaptação às atividades e melhoram a circulação local;
- Acupuntura e técnicas de relaxamento, que reduzem a tensão muscular e melhoram o sono;
- Terapia cognitivo-comportamental, importante para lidar com o impacto emocional da dor crônica.
3. Tratamento minimamente invasivo
- Injeções e bloqueios anestésicos ou com toxina botulínica (botox) são opções para alívio rápido e controle local da dor;
- Terapias de neuromodulação; Neuroestimulação medular - colocação de um marca-passo da coluna;
- Radiofrequência pulsada;
A combinação dessas abordagens potencializa o alívio e previne a cronificação da dor.
Como é o atendimento?
A dor neuropática pós-herpes zoster pode ser desafiadora, mas com tratamento adequado, acompanhamento próximo e reavaliações periódicas, é possível alcançar controle eficaz dos sintomas e retomada da rotina.
O plano terapêutico inclui:
- Ajuste individualizado das medicações, evitando efeitos colaterais e otimizando o resultado;
- Estratégias para melhorar o sono, o humor e o equilíbrio emocional;
- Procedimentos guiados por imagem, quando necessário, para atuação precisa no nervo comprometido.
O objetivo é reduzir a intensidade e a frequência das crises, restaurar a função nervosa e permitir que o paciente volte a viver sem medo do toque, do frio ou da roupa, retomando o conforto e a qualidade de vida.
Tratar a neuralgia/nevralgia pós-herpética é devolver autonomia e confiança, com uma abordagem que combina ciência, precisão técnica e empatia.
Dr. Romeu Egoroff Neto
Médico da Dor e Intervenção com Ultrassom e Fluoroscopia em São Paulo - SP
Olá, sou o Dr. Romeu Egoroff Neto, médico graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e especialista em Anestesiologia. Minha jornada na medicina me levou a me aprofundar na Medicina da Dor, onde realizei um fellowship no Grupo de Tratamento da Dor (GTDor) - centro de formação em Dor pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) - de Campinas, focando em terapias intervencionistas e neuromodulação. Essa formação me proporcionou uma base sólida para oferecer tratamentos eficazes e personalizados.
Complementando minha formação, tive a oportunidade de realizar um estágio clínico em Nova York, sob a orientação de especialistas renomados no Spine and Pain Institute of New York. Essa experiência internacional me permitiu aprender as melhores práticas em tratamentos avançados para dor crônica, que aplico em meu consultório com um olhar atento e humano.
Acredito que a escuta empática é fundamental para entender as necessidades de cada paciente. Minha experiência abrange desde bloqueios diagnósticos e terapêuticos até implantes de neuromoduladores, utilizando técnicas regenerativas e minimamente invasivas para tratar dores articulares, neuropáticas e complexas. Estou sempre em busca de atualização científica, participando de congressos e eventos tanto nacionais quanto internacionais, para garantir que meus pacientes recebam o melhor cuidado possível.
Meu compromisso é proporcionar um atendimento humanizado, focado em resultados duradouros e na qualidade de vida de cada um que confia em meu trabalho. Estou aqui para ouvir suas queixas e juntos encontrarmos o melhor caminho para o seu bem-estar.
